Meditação da Mulher

Domingo, 18 de março de 2018.

Em troca da alegria

Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Hebreus 12:2, ARA

–Você está grávida? – perguntaram em coro vários membros da família para minha sobrinha. – Sim. – Os olhos da nova mamãe brilharam. Então ela olhou diretamente para mim. – Eu precisava lhe contar antes do jantar… porque preciso me sentar num lugar de onde eu possa ir ao banheiro rapidamente. Tenho muita ânsia.

Durante o jantar, minha sobrinha correu e se dirigiu ao banheiro, mas aquilo estava longe de ser o fim do seu incômodo. Sabia que precisava comer, mas nada era saboroso. Sua cabeça doía, as costas doíam, uma articulação no quadril se deslocou, de modo que doía para andar, deitar-se ou ficar em pé. Ela se virava na cama, cansada, mas bem desperta. Aqueles nove meses foram longos.

Depois, um parto trabalhoso e um nascimento difícil. Exausta, a nova mãe ansiava por descanso, mas o bebê saudável era um menino ativo que dormia pouco, antes de estar pronto para mamar de novo. As primeiras semanas foram um pesadelo de exaustão, pontuado com o deleite do milagre que tinha o nariz fino da mamãe, as longas pernas do papai e seu próprio par de pulmões saudáveis. Os dias se transformaram em meses. Mamãe e papai ficavam eufóricos enquanto o filho crescia e descobria as maravilhas deste mundo. Maravilhavam-se diante do milagre que seus genes e seu Deus haviam criado. Recentemente, recebemos a notícia de uma nova gravidez.

– Como é que você está passando? – perguntei. – Pior que da primeira vez – ela murmurou. Então um sorriso lhe iluminou a expressão cansada. – Mas vai valer a pena. – Com a mão sobre o ventre, e parecendo um pouco pálida, ela apontou para o pequeno “Sr. Energia” disparando pela sala. – Ele é nossa alegria! Naquele instante, eu tive um vislumbre de outro coração. Na cruz, Jesus viu o transcorrer do tempo. Ele viu a mim e a você e disse consigo mesmo: “Vai valer tanto a pena!” Em troca da alegria que Lhe estava proposta, Ele suportou a cruz – a dor, a vergonha, a desgraça – e troca da alegria de estar com você e comigo. Eu oro por minha sobrinha e penso em sua difícil primeira gestação, e em sua disposição de suportar outra, pela alegria diante de si. Pondero sobre o amor de Jesus. Se tenho ainda que seja uma vaga noção do Seu amor por mim, como posso deixar de amá-Lo?

Helen Heavirland

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